Isso não é ideia minha. O leitor me ensinou. Acontece que algumas pessoas pensam que as placas ateroscleróticas são bile endurecida. E se você dissolver, as placas irão se soltar. Espirituoso? Essa palavra não!
Agora vou tentar descobrir de onde crescem as pernas dessa heresia.
A bile pode estar associada à aterosclerose por meio do colesterol.
A bile contém os chamados ácidos biliares. Eles nos ajudam a digerir a gordura. O colesterol é uma parte dos ácidos biliares.
O fígado retira o colesterol do sangue e produz os ácidos biliares. Os ácidos biliares são excretados na bile. É por isso que as pedras de colesterol às vezes são encontradas na vesícula biliar.
Os ácidos biliares entram no intestino, ajudam a digerir as gorduras e, em seguida, são absorvidos dos intestinos para a corrente sanguínea e novamente entram no fígado. Este é o curso normal das coisas.
Houve uma história assim com roedores e outros coelhos. Quando os cientistas estudaram a aterosclerose, então, como esperado, eles fizeram experimentos em pequenos animais.
Os animais foram alimentados com ração gordurosa e aguardaram o aparecimento da aterosclerose. Mas ele não estava lá.
Descobriu-se que os roedores são muito eficazes na remoção do colesterol com os ácidos biliares.
O fígado do coelho tirava colesterol do sangue, produzia ácidos biliares, despejava essa matéria nos intestinos, e os intestinos, por sua vez, recusavam-se a sugar esses ácidos biliares de volta. Portanto, o colesterol foi direto para o lixo. Muito efetivo.
E então os cientistas perceberam que, se você ligar os ácidos biliares aos intestinos de uma pessoa, o nível de colesterol no sangue cairá.
Este é um método bruto. Mas funciona. Se uma pessoa tem algum distúrbio metabólico hereditário com colesterol alto, você pode tentar.
Acontece que na vida a solução para o problema acabou não sendo menos elegante do que naquela história sobre a bile sólida nos vasos.
Você já ouviu falar sobre isso?