A história sentimental com visons dinamarqueses tornou-se sentimental precisamente porque o vírus usava os animais como incubadora.
Em tal incubadora, o vírus acumula várias mutações.
Pode parecer que as mutações são ruins, mas, na verdade, as mutações fornecem a variabilidade que impulsiona a evolução.
Ou seja, há muitas mudanças diferentes, algumas das quais serão úteis e outras não. Se a mudança for benéfica, tal organismo se multiplicará e transmitirá suas novas qualidades para sua descendência.
Acontece que, se você fizer mais mutações no vírus, ele começará a evoluir e poderá se tornar mais perigoso.
As mutações aparecem onde o vírus vive por muito tempo e não morre. Os visons dinamarqueses acabaram sendo uma incubadora coletiva na qual o vírus circulava, se divertia como queria e acumulava várias novas mutações. Era perigoso, por isso a incubadora foi tratada com tanta brutalidade.
Quase a mesma história acontece dentro de pessoas que têm imunidade muito fraca. Nessas pessoas, o vírus vive por meses e tem tempo para experimentar muitas mutações diferentes.
Bem, falando grosso modo, se um vírus entrar em uma pessoa forte e decidir sofrer mutação, o sistema imunológico matará rapidamente esse vírus e ela não terá tempo de tentar nada.
Mas se uma pessoa não está bem com imunidade, o vírus tentará uma mutação e, como calças novas, tentará outra mutação. O mesmo vírus vai continuamente pegar essas mutações por vários meses. Como um ladrão que arromba a fechadura com diferentes chaves mestras.
Se houver tempo suficiente, o vírus pegará a chave mestra certa, abrirá nossa fechadura e nos explodirá em pedacinhos.
Acontece que as pessoas com baixa imunidade tornam-se uma incubadora na qual o vírus se diverte e acumula força. Essas pessoas devem ser protegidas, não tossindo e, provavelmente, vacinadas. Se permitirmos que o vírus ataque os fracos, ele surgirá deles na forma de um mutante perigoso. Vacine-se e reduza o número de vírus!